Graciliano Ramos
Graciliano Ramos de Oliveira nasceu em Quebrangulo, Alagoas, em 1892. Primogênito de dezesseis irmãos, depois de morar em Buíque, no sertão pernambucano, e em Viçosa, em Alagoas, mudou-se para Maceió, onde começou a colaborar com alguns jornais. Em 1910, com 18 anos, passou em residir em Palmeira dos Índios, Alagoas. Foi para o Rio de Janeiro para tentar a sorte na imprensa, mas retornou às pressas à Palmeira dos Índios, em 1915, pois uma epidemia de peste bubônica vitimara 3 de seus irmãos e um sobrinho.
Casou-se com Maria Augusta de Barros, que viria a falecer 5 anos depois, deixando-lhe 4 filhos. Em 1927, foi eleito prefeito da cidade e, em 1928, casou-se novamente com Heloísa Medeiros, com quem teve mais 3 filhos, sendo que o segundo acabou morrendo com poucos meses de vida. Publicou seu primeiro romance, Caetés, em 1933, e São Bernardo, em 1934. Quando estava para sair o terceiro romance, Angústia, foi preso por motivação política, em Maceió. Foi libertado um ano depois, em 1937, quando publicou o livro infantil A Terra dos Meninos Pelados.
Em 1938, publicou seu livro mais conhecido, Vidas Secas, obra filmada por Nelson Pereira dos Santos, em 1963. Em 1945, publicou o livro de memórias Infância e, em 1947, a coletânea de contos Insônia. Fumante contumaz, Ramos faleceu em 1953 de câncer no pulmão, três anos depois da morte de seu filho primogênito. No ano de sua morte, a viúva Heloísa Ramos publicou Memórias do Cárcere e, um ano depois, a coletânea de crônicas Viagem, sobre sua viagem à Europa um ano antes de morrer. Em 1962, outros três livros foram publicados: Linhas Tortas e Viventes das Alagoas (crônicas) e Alexandre e outros Heróis (literatura infantojuvenil).
Heloisa Ramos compilou, ainda, a correspondência pessoal do marido e publicou-a em Cartas, em 1982. O arquivo Graciliano Ramos se encontra hoje no IEB-USP, doado pela viúva do autor, que viria a falecer em 1999, em Salvador.
Fontes:
Aprofunde-se
Graciliano Ramos
e o Cinema Novo
Sequência de slides que explora a produção do cinema brasileiro no período entre 1960 e 1972, conhecido como Cinema Novo. O enfoque dado foi para os filmes que retomam a obra de Graciliano Ramos: "Vidas Secas", por Nelson Pereira dos Santos (1963), "S. Bernardo", por Leon Hirszman (1972) e "Memórias do cárcere", também por Nelson Pereira dos Santos (1984, em um momento tardio do Cinema Novo).
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Conteúdo:
O romance de 1930 e a produção de Graciliano Ramos
Esta sequência didática visa auxiliar o estudante a entender o romance de 30 e produção literária de Graciliano Ramos no intuito de auxiliá-lo nos exames de vestibular. A escolha do autor se faz considerando que Graciliano escreveu romances muito diversos entre si e isso ajuda a que o estudante possa ver em suas obras as principais tendências e temáticas da segunda fase do modernismo brasileiro. Além disso, será apresentado também indicações de filmes nacionais sobre as obras selecionadas.