Luís Bernardo Honwana
Luís Bernardo Honwana é um escritor, estudante e militante político que nasceu em 12 de novembro de 1942 na cidade de Lourenço Marques (atualmente Maputo, nomeada assim após a Independência de Moçambique).
Passou sua infância no interior de seu país junto de seu pai que trabalhava como intérprete (da língua Ronga para o Português).
Sua história se revela intimamente ligada à história de seu país.
Escreveu a obra Nós Matamos o Cão Tinhoso! no ano de 1964, também nesse mesmo ano se juntou à FRELIMO (Frente de Libertação de Moçambique) e foi preso por quatro anos, já que Moçambique estava sob o domínio de Portugal, e as atividades de resistência eram penalizadas com a prisão de militantes.
Após a Independência de Moçambique, em 1975, passa a ganhar títulos e cargos importantes prezando pela luta pelos direitos ligados à educação e cultura e pela liberdade de expressão. Em 1975 foi nomeado Diretor de Gabinete do Presidente Samora Machel, em 1982 atuou como Secretário de Estado da Cultura de Moçambique e em 1986 assumiu o cargo de Ministro da Cultura de Moçambique. Em 1987 assumiu importante posição internacional no Conselho Executivo da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura da UNESCO, o que calhou em 1994 a ser convidado para ser parte do Secretariado da UNESCO. Em 1991 fundou e foi o primeiro presidente do Fundo Bibliográfico de Língua Portuguesa.
Criou também a Organização Nacional dos Jornalistas de Moçambique, a Associação Moçambicana de Fotografia e a Associação de Escritores Moçambicanos.
Honwana, aos 81 anos de idade, atua como diretor executivo da Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND) em Moçambique.
Sua obra Nós Matamos o Cão Tinhoso! foi traduzida e publicada em países como a Alemanha, Costa do Marfim, Cuba, Espanha, França, Inglaterra, Senegal, Suécia, Togo e Zimbábue, dando mostra da sua notoriedade e importância.